4 boxes de livros que se tornaram séries nos streamings

Fiéis ou não as suas histórias originais, as séries baseadas em livros continuam fazendo sucesso entre os leitores e espectadores, que ficam ávidos para conferir o resultado e analisar se a adaptação ficou melhor, pior ou igual do que a obra escrita. Pensando tanto em entusiastas dos livros como do cinema, neste texto reunimos uma lista com cinco boxes de livros que se tornaram séries nos streamings (e que valem a pena). A ordem não significa preferência.

Se as séries que listamos são melhores que os livros não sabemos. Mas para tirar suas conclusões e ainda economizar, aproveite o cupom Amazon e pague ais barato em livros físicos, e-books e muito mais.

1 – Anne de Green Gabbles trouxe Anne with an E

Disponíveis em diferentes edições, os livros da curiosa personagem Anne Shirley originaram a série Anne with an E, na Netflix. Tanto as obras originais quanto a adaptação contam a história de uma menina órfã de onze anos que foi adotada acidentalmente por um casal de irmãos solteiros do interior. O que encanta na história é que a personagem é intensa, imaginativa e sincera, além de ter ideais bastante a frente do seu tempo. 

Enquanto no fim do século XIX e começo do século XX as mulheres são preparadas para aulas de etiqueta, casamento e filhos, Anne deseja estudar bastante, ir para a faculdade e tem muitas dúvidas sobre matrimônio e maternidade. Ela é muito questionadora e falante (o que pode irritar em alguns momentos), mas suas questões giram bastante em torno da sociedade e do (pouco) espaço da mulher nela. 

Vale dizer que a adaptação, apesar de conter 3 temporadas, diz respeito apenas ao primeiro livro da série e, infelizmente, não há previsão de continuação (inclusive, foi confirmado que a atriz que interpreta Anne – Amybeth McNulty – estará na próxima temporada de Stranger Things, o que torna ainda mais longínqua a possibilidade de uma quarta temporada para Anne with an E, já que as duas séries são originais Netflix).

Existem algumas diferenças entre as obras, alguns personagens que aparecem nas telas, mas não nas páginas, o que deixa a obra ainda mais reflexiva e instigante. Porém, a essência de Anne ainda pode ser vista e apreciada em qualquer uma das duas. 

2 – O Conto da Aia originou The Handmaid’s Tale

Esse é um romance distópico escrito em 1985 e apresenta uma sociedade totalitária e teocrática que oprime mulheres de todas as formas. Na república Gilead, onde se passa a história, elas são vítimas preferenciais e foram divididas em categorias com funções específicas: a Offred coube ser uma aia, o que significa pertencer ao governo e existir unicamente para procriar.

A personagem é vigiada dia e noite e ceifada em seus direitos mais básicos, mas mesmo assim sua condição ainda é melhor que a das não-mulheres (nome que em si já significa uma violência). Assim são chamadas aquelas que não podem ter filhos, as homossexuais, viúvas e feministas.

Tanto a série quanto o livro, que ganhou uma continuação chamada Os Testamentos (com acontecimentos de 15 anos depois do livro original) fazem qualquer um refletir sobre seus direitos, liberdade e poder.

3 – Outlander

Terceiro na nossa lista de boxes de livros que viraram série, Outlander ficou com o mesmo nome na adaptação. Trata-se de uma ficção histórica norte-americana em que Claire Randall, uma enfermeira que está em lua de mel, mas em combate em 1945 (ano em que termina a 2º Guerra Mundial) é transportada através do tempo e levada para 1743. Ali, ela é forçada a se casar com um guerreiro escocês, mas acaba se apaixonando por ele.

O pulo do gato da história é que Claire fica divida entre dois homens completamente diferentes, em duas vidas que não podem ser conciliadas, já que há uma fenda no tempo de 200 anos.

Até agora, são 8 livros publicados, mas o de número 9 já tem previsão de lançamento: 23 de novembro de 2021 no exterior. A série, no entanto, conta com apenas 6 temporadas, sendo que a próxima deve chegar no ano que vem.

4 – Arsène Lupin, o Ladrão de Casaca, trouxe Lupin

Se você é um amante de séries, mas também de livros, deve ter ido procurar as obras do ladrão de casada assim que terminou de assistir à série Lupin. Na adaptação da Netflix, Assane Diop quer se vingar de uma família rica por uma injustiça cometida contra seu pai, mas para isso ele utiliza técnicas aprendidas e vistas nos livros da série Lupin, da literatura francesa.

Aliás, essas características se casam completamente, pois o objetivo desse tipo de ladrão (a casaca é um tipo de terno curto na frente, mas longo e com formato de tesoura atrás, uma roupa sofisticada) é atingir a riqueza, para denunciar as mazelas da sociedade. Em nenhum momento estão procurando as pessoas comuns e preferem se importar com joias, relógios e objetos de maior valor.

Na série, é muito interessante observar o personagem estar sempre a frente de quem ele quer atingir e conseguir realizar seus objetivos. Aos poucos, ela também ganha uma carga dramática, mas isso não estraga em nada a experiência de assistir episódio por episódio, pois não dá vontade de parar até descobrirmos para onde Assane levará o público. A terceira temporada já está confirmada.

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