Como saber se o celular foi clonado e o que fazer?

Considerando que atualmente temos inúmeras informações pessoais importantes em nossos celulares, a segurança digital se torna um tópico ainda mais delicado. Ter o aparelho invadido tende a causar uma tremenda dor de cabeça em diferentes aspectos, seja no momento da descoberta, quanto para saber o que fazer e como se prevenir desse tipo de ataque. Logo, explicaremos abaixo como saber se o celular foi clonado e como proceder nas diferentes situações que envolvem problemas similares.

Afinal, como saber se o celular foi clonado?

Como existem diferentes formas de clonar um celular, citaremos diferentes formas de descobrir se o aparelho foi clonado. Pensando na “troca de chip”, também conhecido como SIM swap, o invasor entra em contato com a operadora se passando pela vítima para conseguir vincular o número da pessoa invadida a um novo chip alegando que o celular foi perdido ou roubado. 

Dessa forma, o criminoso tem acesso a mensagens, ligações e a internet móvel da vítima, podendo utilizá-los para diferentes tipos de golpes. Ao ser alvo dessa forma de clonagem, o celular da vítima pode ficar sem sinal e consequentemente sem acesso ao 4G/5G, ter diferenças relevantes na conta do celular com gastos relacionados a ligações não feitas pelo usuário ou pode receber notificações solicitando uma troca de operadora através do serviço de portabilidade. 

Uma outra forma de clonagem é através do código de identificação do aparelho, chamado de IMEI. Quando um celular é roubado ou perdido, o usuário pode realizar a bloqueio deste código com a operadora para que ele não possa ser utilizado. Já a prática da clonagem, faz com que os criminosos utilizem um mesmo código em aparelhos diferentes, burlando assim esse bloqueio em caso de furtos. 

E como saber se o celular foi clonado pelo IMEI? Na maioria das vezes, os rastreadores das fabricantes mostram um local diferente em relação a onde seu celular está, indicando que o código provavelmente foi registrado em outro local. Também é possível verificar de forma online através do site da Anatel ou sites com essa finalidade, como o IMEI.24 ou IMEI.info. Caso você não saiba qual é o código do seu aparelho, ele pode ser encontrado em sua caixa, no adesivo ou etiqueta que costuma vir em sua traseira, nas configurações ou digitando *#06# no seu discador. 

Uma terceira forma de invasão que também pode ser utilizada para clonagem é através de aplicativos que vigiam ou monitoram o seu celular, os chamados spywares. Neste caso, como se trata de uma tarefa que está sendo realizada pelo celular, na maioria das vezes em segundo plano, é bom ficar atento a um gasto estranho e exagerado da bateria e dos dados móveis em relação ao seu uso normal, além de outros “sintomas” já relatados anteriormente, como quedas de sinal, mensagens da operadora e/ou de códigos de verificação não solicitados por você. 

Como evitar que meu celular seja clonado?

Defina um código PIN para o chip e para qualquer tipo de acesso privado ao aparelho que permita essa prática. Se possível, também é recomendado o uso de desbloqueio por impressão digital. Para contas em aplicativos e redes, ative a autenticação em duas etapas para o acesso, mas não o faça através de SMS e sim por autenticadores confiáveis, como o do Google ou da Microsoft. 

O mesmo pode ser feito para evitar invasões ou clonagens do WhatsApp, principalmente verificando se não há sessões ativas em outros aparelhos, e os desconecte caso tenha (como algum acesso da sua conta no WhatsApp Web que não seja seu). Evite baixar arquivos e/ou instalar aplicativos desconhecidos, principalmente os que pedem acesso a sua câmera, GPS e demais informações privadas do seu celular. 

Aplicativos suspeitos podem se “camuflar” como aplicações comuns, tendo ícones semelhantes ao relógio ou calculadora. Verifique o que está instalado no aparelho e se livre do que diferir do que não for nativo do smartphone ou do que você tenha instalado. Algumas práticas no dia a dia também podem diminuir problemas do tipo, como evitar o uso de redes públicas de WiFi, utilizar um antivírus confiável e caso tenha que carregar o aparelho através de um USB não familiar, deixar o aparelho configurado para apenas carregar e não transferir arquivos. 

Meu celular foi clonado, o que fazer? 

No caso de SIM swap ou clonagem por IMEI, informe a operadora e a fabricante, de preferência em uma loja física, para bloquear tanto o número quanto o aparelho e registre um boletim de ocorrência o quanto antes. Quanto a redes sociais e contas no banco, troque as senhas de acesso o mais rápido possível, utilizando a dica citada acima da autenticação em duas etapas, e até mesmo alterando o e-mail de “resgate de conta” também. Por via das dúvidas, entre em contato com seu banco para que possam inspecionar quaisquer movimentações suspeitas em sua conta. 

Em caso de invasão ou clonagem através de aplicativos ou programas, é necessário não só remover o spyware/malware, como também resetar o aparelho para reconfigurá-lo do zero. Quanto à invasão de WhatsApp, é importante informar o ocorrido para conhecidos e pessoas que possam receber alguma mensagem do invasor se passando por você. 

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