O que é HDR e para que serve?
Entenda como funciona essa tecnologia de melhoria de imagem que promete níveis de reprodução bem mais realistas
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As tecnologias para melhoria de imagem estão evoluindo para uma reprodução cada vez mais próxima da realidade. O consumidor se depara com siglas que prometem uma experiência mais imersiva nos conteúdos, como por exemplo o HDR, presente em muitos modelos de TVs. E mesmo não sendo mais uma novidade no mercado, seu funcionamento ainda pode gerar muitas dúvidas. Por isso, para garantir que você entenda todos os recursos e faça a melhor escolha da sua TV nova, vamos conhecer um pouco melhor o que é HDR e o que o recurso muda na tela.
Além das TVs e monitores, o HDR possui função semelhante na tela dos smartphones e aparece de outro modo na fotografia. Neste texto, vamos explorar seu funcionamento principalmente nas TVs e diferenciar as versões existentes no mercado.
O que é HDR?
HDR, ou High Dynamic Range (alto alcance dinâmico), é uma tecnologia de melhoria de imagem que equilibra de maneira mais eficiente os níveis de brilho, contraste e cor. O alcance dinâmico diz respeito aos menores e maiores valores que uma escala de cor pode atingir. No caso do HDR, esse alcance é maior, o que faz com que consiga reconhecer tons variados dentro de uma mesma faixa de cor. O recurso aperfeiçoa a iluminação e proporciona uma maior riqueza de detalhes em cada cena.
De forma mais simplificada, as cores ficam com aspecto mais vivo, mais próximas de como são na vida real. Já o contraste e o brilho, são ajustados para revelar texturas e detalhes que poderiam ficar escondidos por conta da iluminação (ou falta dela). Dessa forma, as partes escuras ficam com tons ainda mais intensos e as partes claras ficam mais definidas. O HDR já está presente em boa parte das TVs, monitores e vídeo games mais atuais do mercado e não é mais considerado um grande diferencial.
Como o HDR funciona?
As TVs mais antigas utilizam o padrão de iluminação SDR (Standard Dynamic Range) que possuem a intensidade de brilho entre 100 e 200 nits (unidade de luminância). O HDR tem uma taxa muito maior, podendo alcançar de 1.000 a até 2.000 nits. Esse número varia entre cada modelo de TV e quanto maior, melhor será a qualidade do alcance dinâmico.
Para que o HDR funcione, o conteúdo precisa ser compatível com a tecnologia. Assim, o HDR utiliza os metadados para fazer as configurações necessárias de imagem. Se você está se perguntando o que é metadados, eles podem ser entendidos como a linguagem entre a imagem e o monitor, como se fossem as instruções essenciais para que a qualidade fique o melhor possível. Portanto, não são todos os conteúdos e jogos que possuem este tipo de suporte.
Outro ponto interessante na hora de escolher sua TV é a qualidade do painel e a resolução. Afinal, o HDR vai ser mais perceptível conforme consegue combinar sua função com outras tecnologias de melhoria. Por exemplo, painéis QLED são superiores ao de LED, portanto o HDR também tem um desempenho elevado.
A resolução recomendada para exibição de conteúdo com HDR é a UHD 4K, dificilmente você encontrará uma TV com resolução abaixo com o recurso. No entanto, também é possível encontrar TVs 4K sem HDR, então fique atento nas especificações na hora de comprar a sua.
O HDR realmente faz diferença?
Consumir conteúdo com HDR é realmente uma experiência diferente. Dependendo do que você está assistindo, a diferença pode ser mais sútil ou bastante perceptível. Detalhes simples como os raios de sol, são amarelos ao invés de brancos, a grama é mais verdinha, em cenas escuras, como em um floresta à noite, você conseguirá enxergar algo além de uma tela totalmente preta, as flores, a água e vários outros exemplos tem suas cores próximas ao que conseguimos enxergar pessoalmente.
Os games também se beneficiam do HDR. Desde a geração passada (PS4 e Xbox One) que a Sony e a Microsoft já trazem essa técnica para seus consoles.
Qual a diferença entre os tipos de HDR?
Embora o princípio básico de funcionamento da tecnologia seja igual entre as marcas, o efeito do HDR varia de TV para TV. Três tipos de HDR disputam a dominância no mercado hoje: HDR10, HDR10+ e Dolby Vision.
O HDR10 é um formato aberto, ou seja, qualquer fabricante pode aplicá-lo em sua TV e configurá-lo da sua forma, o que torna a presença da tecnologia em TVs mais baratas. No entanto, o HDR10 trabalha com metadados estáticos, o que significa que apenas uma “regra geral” sobre as cores e níveis de brilho será seguida ao reproduzir um filme ou série. O HDR10 atinge o pico de 1.000 nits.
Já o Dolby Vision é um formato que as fabricantes precisam pagar para implementar suas tecnologias na TV, portanto o preço final para o consumidor também aumenta. Mas em compensação, o Dolby Vision trabalha com metadados dinâmicos, o que significa que os níveis de brilho e tonalidades das cores podem variar em cada elemento da cena de um filme ou série, deixando as sequências mais dinâmicas e realistas conforme a paleta de cores e atmosfera das cenas mudam. A sua capacidade máxima de brilho é de 10.000 nits, mas ainda não há TVs no mercado capazes de reproduzir essa taxa de luminância.
Já o HDR10+ é uma evolução do HDR10, com o funcionamento mais parecido com o Dolby Vision. Esse método também utiliza os metadados dinâmicos e não estáticos, conseguindo controlar melhor os elementos na cena e atinge o pico de 4.000 nits.
Modelos de TV com Dolby Vision e HDR10+ tendem a ser mais caros, mas os resultados também são superiores.
Conteúdos em HDR
Conteúdo em HDR, assim como em 4K, agora que estão começando a ser mais difundidos no mercado. E como já dissemos anteriormente, para aproveitar ao máximo o HDR em seu dispositivo, os conteúdos precisam ser compatíveis. Por ser mais presente e barato no mercado, o suporte para HDR10 é mais fácil de ser encontrado. Para o Dolby Vision e o HDR10+, o leque de TVs compatíveis é um pouco mais limitado.
Os serviços de streaming como Netflix, Amazon Prime Video, Youtube, Disney+ e Apple TV já estão implementando a tecnologia em seus catálogos. Assim como grandes estúdios como Warner Bros, Universal e 20th Century Fox já investem na técnica. Os filmes e séries compatíveis exibirão um ícone “HDR” próximo ao título. Alguns exemplos são a 4ª temporada de “Stranger Things”, “Ted Lasso” e a animação “A fera do mar”.
Para os jogos, o Xbox Series S vem com suporte para o HDR10, enquanto o Xbox Series X consegue utilizar os dois padrões (HDR10 e HDR10+) e o Dolby Vision. O Playstation 5 só não traz suporte para o Dolby Vision. Para utilizar qualquer um deles, lembre-se de ativar o “modo game” ou o HDR nas configurações para mais realismo e imersão nas partidas.
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