Pagamentos pelo WhatsApp estão suspensos após decisão do Banco Central e Cade
Brasil seria o primeiro país a receber o serviço de transferências e agamentos pelo aplicativo de mensagens.
Vinicio Rolim Lira
24 de jun de 2020
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As transferências e pagamentos pelo WhatsApp estão suspensas pouco mais de uma semana após o anúncio do serviço. Na última terça-feira, 23, o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspenderam o serviço de transações financeiras do WhatsApp, o WhatsApp Pay.
Para o Cade, existem potenciais riscos para a concorrência no setor, enquanto o Banco Central determinou que as Visa e Master, bandeiras que viabilizam as operações financeiras, paralisem as operações para que o BC possa analisar possíveis riscos no funcionamento do sistema de pagamentos.
O Brasil seria o primeiro país a receber a nova função do Whatsapp, com transações processadas pela Cielo e que estariam disponíveis inicialmente para clientes do Banco do Brasil, Nubank e Sicredi. “A motivação do BC para a decisão é preservar um adequado ambiente competitivo, que assegure o funcionamento de um sistema de pagamentos interoperável, rápido, seguro, transparente, aberto e barato”, informa o BC em nota.
O WhatsApp não possui autorização para oferecer o serviço de transferências por tempo indeterminado, estando sujeito a pagamento de multa entre outras sanções, conforme a mesma nota. “O descumprimento da determinação do BC sujeitará os interessados ao pagamento de multa cominatória e à apuração de responsabilidade em processo administrativo sancionador.”
Em nota, o WhatsApp afirmou que busca oferecer uma solução simples e seguras para transações financeiras e que apoia o PIX, iniciativa em desenvolvimento por parte do BC para operações financeiras digitais. “Nosso objetivo é fornecer pagamentos digitais para todos os usuários do WhatsApp no Brasil, com um modelo aberto e trabalhando com parceiros locais e o Banco Central. Além disso, apoiamos o projeto PIX do Banco Central, e junto com nosso parceiro estamos comprometidos em integrar o PIX aos nossos sistemas quando estiver disponível”.
Fonte: G1
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