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Principais tipos de cerveja para degustar e molhar a garganta

A cerveja é um mundo à parte com inúmeras opções, estilos e categorias e para ajudá-lo a conhecer um pouco mais, conheça os principais tipos.

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Vinicio Rolim Lira

30 de jul de 2022

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    Há quem não goste de cerveja, mas também existem pessoas que garantem que só não gosta de cerveja quem ainda não provou o tipo de cerveja que mais agrada ao seu paladar. O fato é que a variedade de opções de cervejas é gigantesca e para ajudá-lo a escolher qual será a próxima que irá provar ou qual cerveja você mais gosta, apresentamos os principais tipos de cervejas e suas características mais marcantes. 

    Vale lembrar que a classificação das cervejas é algo relativamente recente, já que diferente do vinho e do espumante as cervejas passaram a ser classificadas de forma mais rigorosa apenas durante a década de 80, desta forma, para facilitar a identificação dos principais tipos de cerveja, separamos a bebida pela forma como acontece a fermentação. 

    Tipos de fermentação

    Existem algumas maneiras de categorizar as cervejas, porém, para que fique mais fácil visualizar as divisões entre elas e seus estilos, vamos optar pela categorização pelo tipo de fermentação que pode ser de baixa fermentação, alta fermentação e fermentação espontânea

    Família de cervejas de baixa fermentação

    Lager 

    Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

    As cervejas lager apresentam em seu processo uma fermentação em baixas temperaturas, entre 10 °C e 15 °C, com as leveduras atuando no fundo do tanque em que são produzidas. Com aparência mais clara, as lagers são também mais leves e versáteis, já que harmonizam melhor com uma grande variedade de alimentos. 

    Inclusive, boa parte das cervejas comerciais mais populares, vendidas pelas grandes cervejarias brasileiras são cervejas Lager. Na verdade American Lager, tipo de Lager de baixo amargor de aparência amarelo claro e feita para ser servida em baixa temperatura por ter pouca presença de aromas marcantes e sabor mais neutro que em outras cervejas, mesmo entre as lagers. A origem da American Lager surgiu inspirada na Pilsen, mas com a proposta de produzir cervejas em larga escala com intuito de matar a sede, foi criando-se o estilo ao adicionar cereais não maltados, como milho e arroz. 

    Pilsen 

    Tecnicamente a Pilsen é uma cerveja Lager, já que também é feita através de baixa fermentação, com baixas temperaturas. Para entender, basta pensar que toda cerveja de baixa fermentação é uma Lager, mas nem toda lager é uma cerveja Pilsen. As principais características da cerveja Pilsen são baixo amargor, suavidade de aroma, além de serem bastante leves e refrescantes, porém apresentam maior pureza por serem feitas apenas com cereais maltados. 

    Famílias de cervejas de alta fermentação

    IPA e American IPA

    Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

    Uma cerveja que era feita para resistir mais ao tempo nas navegações inglesas com destino às Índias, logo foi adicionado a cerveja que já existia, mas lúpulo, dando mais aroma e amargor a cerveja que passou a ficar conhecida como origem a Indian Pale Ale ou a Pale Ale que era levada para Índia e que, posteriormente, passou a ser comercializada nos PUBs ingleses, assim nasceu a India Pale Ale ou IPA. Produzidas com lúpulos ingleses e paladar terroso. 

    Já a American IPA possui características próprias, como os Lúpulos de variedade americana, refletindo em diferenças consideráveis. A versão americana apresenta aromas frutados e mais cítricos que a versão do outro lado do oceano, enquanto o sabor da American IPA é mais amarga que a versão inglesa. 

    Stout

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    Originada na Irlanda, a cerveja Stout pertence a escola inglesa e com malte torrado que proporciona aroma e sabor próximo ao de café ou chocolate, além de ser mais encorpada, escura e cremosa. Embora encorpadas existem variações que interferem diretamente no sabor, como as SweetStouts que são mais doses ou a DryStout que é mais seca e amarga. 

    Cervejas de trigo

    Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

    Produzidas com alto percentual de malte de trigo em sua composição, resultam em uma bebida refrescante, mas com espuma bastante cremosa. São divididas em basicamente dois grupos, as cervejas de trigo estilo alemão, Weissbier com uma receita mais rígida, e que pode apresentar aroma de banana e sabor que remete ao de pão. 

    Já a cerveja de trigo Belga conhecida como Witbier possui as características da escola Belga, com outros ingredientes, como frutas cítricas que acrescentam também um pouco de acidez e ainda mais refrescante, sendo uma opção mais recomendada para o verão, porém tanto as cervejas de trigo alemãs quanto belgas combinam bem com frutos do mar, queijos e alimentos de maior picância. 

    Família de cervejas de fermentação espontânea 

    Cervejas fermentadas ao ar livre ou fermentação espontânea, estilo raro por depender das leveduras suspensas no ambiente da produção. O tempo de manutenção varia muito de acordo com cada cerveja, podendo ser de meses e chegando até há alguns anos. Os principais tipos são Lambics e Fruit beers que são feitas com a adição de frutas e apresentam sabor mais adocicado.

    Escolas de cervejas 

    Imagem exemplificando o trecho de texto anterior

    As escolas de cervejas são a forma de identificar as características em comum na produção dos diferentes tipos de cervejas em um determinado país. Confira as características das quatro escolas de cervejas mais tradicionais. 

    Escola alemã

    A escola Alemã é uma das mais conhecidas e certamente a mais rígida em relação a preocupação com a pureza dos ingredientes, já que existe até uma lei com mais de 500 anos, promulgada pelo duque Guilherme IV que definiu em um primeiro momento que as cervejas tem que ter apenas malte de cevada, água e lúpulo em sua composição, porém há pouco mais de 200 anos que a lei de pureza também inclui malte de trigo, levedura e alguns outros cereais. Dentro destas regras desenvolveram-se as principais cervejas alemãs.

    Escola belga

    Diferente da tradicional cerveja alemã, que durante muito tempo teve como marca o apego aos ingredientes, a escola belga diferenciou-se pela diversidade na produção de seus tipos de cerveja que contam com adição de inúmeros ingredientes, aromas, sabores e tipos de fermentação. Inclusive com uma grande variedade de frutas entre os ingredientes. Resultando em uma grande diversidade de cervejas com grande teor alcoólico e sabores acentuados.

    Escola inglesa

    Chama atenção pelas cervejas de tonalidades mais escuras, adição de torra do malte que pode adicionar aroma e sabor que remete a café ou chocolate, embora seja resultado apenas da torra. São cervejas com sabores mais “pesados”, como a Stout, com sabor terroso e líquido encorpado.

    Escola americana

    A mais recente delas, começa a destacar-se a partir da década de 1970, apresentando grandes extremos de álcool e amargor. Boa parte das cervejas de maior teor alcoólico, passando dos 60% do teor alcoólico estão nesta escola. Boa parte dessas cervejas são inspiradas em versões inglesas, como a American Pale Ale ou a Lager Pale Ale que são feitas com lúpulos presentes no país da América do Norte.


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