Yellow limita área de atuação e funcionamento das bikes
Empresa que oferece serviço de compartilhamento de bicicletas agora funciona apenas em alguns bairros de SP. Usuários que não seguirem novas regras deverão pagar taxa de R$ 30.
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A Yellow, startup brasileira que iniciou operação na cidade de São Paulo no mês de agosto, conquistou muitos usuários pela simplicidade do serviço que oferece: qualquer pessoa pode utilizar o app, localizar e pegar uma bicicleta e deixá-la em qualquer local público. O funcionamento inicial era assim, mas agora a companhia está limitando sua área de atuação.
Ao abrir o aplicativo da Yellow, podemos notar que uma parte do mapa, antes completamente iluminado, está acinzentada, exibindo ícones de “proibido estacionar”. Qualquer bicicleta posicionada nesta área exibe aviso de que ela está fora da área de atuação da empresa — e muitas delas não estão acessíveis, mesmo estando em perfeitas condições de uso. A empresa não emitiu qualquer comunicado à imprensa ou aos seus usuários.
Dentre os bairros onde a Yellow ainda atua estão Jardins, Moema, Pinheiros, Itaim Bibi, Ibirapuera e parte do Butantã, Campo Belo e Indianópolis. Bairros como Vila Mariana, Jabaquara, Saúde e Barra Funda, que ainda contam com bicicletas em abundância, encontram-se fora da área de cobertura da Yellow. No início do mês, a Folha noticiou a chegada das bikes amarelas aos bairros da periferia de São Paulo, todos atualmente fora da área delimitada no aplicativo.
Ao tentar utilizar uma bicicleta que encontra-se fora da área iluminada do mapa, o usuário recebe um aviso como o da imagem acima, informando que só é permitido pegá-la caso for deixá-la dentro da área em que a empresa atua. O mais grave: a partir de 01/10, qualquer pessoa que deixar a bike fora da área clara terá de pagar taxa de retorno de R$ 30.
Podemos perceber que a companhia conteve a euforia inicial e delimitou sua área de atuação em 2018. Antes, bikes da Yellow podiam ser usadas em toda a cidade e até fora dela — recebemos relatos de disponibilidade das bicicletas em São Bernardo do Campo, Santo André, Guarulhos, Embu e São José dos Campos.
Segundo a assessoria da empresa, os casos de vandalismo estão dentro do esperado, o que leva a crer que o motivo por trás da mudança foram as análises negativas devido a indisponibilidade de bikes em certas localidades — ou o alto número de bicicletas vandalizadas que prejudicavam usuários que dependiam do serviço.
O Promobit entrou em contato com a Yellow para tornar mais claros os motivos que levaram à decisão, mas não obteve resposta até o momento da publicação deste artigo. A empresa, no entanto, divulgou nota na última quarta-feira (26) explicando a limitação de área de atuação e multa que será cobrada dos usuários que não seguirem as novas regras.
Segundo a Yellow, a limitação foi necessária para que o sistema funcione bem e haja bikes suficientes em cada região que atendam a demanda do público. Usuários mostraram-se irritados com a decisão, postando reclamações no Twitter e página da empresa no Facebook.
A taxa de retorno de R$ 30 — que, segundo a Yellow, não é uma multa — foi implementada “para assegurar o rebalanceamento das bikes e qualidade do serviço em nossa área de atuação”.
Usuários que compraram créditos da Yellow utilizando o cartão de crédito e sentiram-se prejudicados com a delimitação poderão solicitar estorno do saldo. Basta tocar no ícone de Menu, no lado superior esquerdo do mapa > Minha carteira > Estornar crédito. O valor pode levar até duas faturas para ser estornado, dependendo do emissor do cartão. Vale destacar que os créditos não possuem mais validade — antes, eles expiravam em dois meses.
O que é a Yellow?
Yellow é um serviço de compartilhamento de bicicletas que atua em São Paulo desde o início de agosto. A empresa se diferencia das já existentes e populares bikes do Itaú por operar no modelo dockless, que possibilita que o usuário encontre e deixe a bike em locais públicos como calçadas ou parques.
Leia também:Yellow – aluguel de bikes: o que é e como funciona?
Outro ponto positivo são as medidas de segurança tomadas pela empresa: suas bikes só podem ser desbloqueadas por leitura de QR Code e são rastreadas por GPS. Além disso, suas peças não são compatíveis com bicicletas tradicionais, limitando a ação de pessoas mal intencionadas que visassem a reutilização das peças.
Por fim, o preço extremamente acessível é um dos principais chamarizes do serviço: o usuário paga R$ 1 para cada 15 minutos em que estiver usando a bicicleta.
A expectativa era de que o serviço se expandisse, passasse a atender regiões periféricas e finalizasse 2018 com 20.000 bicicletas espalhadas pela cidade.
Lembre-se: As bicicletas Yellow não acompanham capacete para segurança. Caso vá utilizar o serviço regularmente, considere a compra de um acessando nossa categoria de esportes, fitness e lazer.
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Notícia atualizada em 27/09/2018 com declaração da Yellow sobre a limitação.